quarta-feira, 28 de março de 2012
InterUNESP 2011 - OCTO
sexta-feira, 16 de março de 2012
A melhor bateria do mundo
quinta-feira, 15 de março de 2012
Fotos 40 Graus - A cervejada da Febre 2012
domingo, 11 de março de 2012
Unespiano da semana: Cezar Tente (MALU)
Conheçam um pouco mais daquele que integrou todas as torcidas no último dia do InterUnesp de Marília, mesmo sem voz!!
Bom, primeiramente gostaria de agradecer o convite para escrever para o blog, agora apenas como leitor. Tentarei resumir um pouco de minha história em Bauru.
Devo dizer que, se é um pouco difícil estar deste lado - sem atualizar e postar quase que semanalmente - é bem fácil escrever sobre o que me foi pedido e, melhor ainda, ter a chance de voltar a escrever para este blog. Aproveito para parabenizar aqueles que hoje estão mantendo-o atualizado. Acredito ser, ainda, o melhor meio para informar todos os alunos do campus de Bauru sobre o que está rolando na facul , seja a respeito da torcida, jogos, times, treinos, festas, bateria ou da Atlética.
Para aqueles que não me conhecem, meu nome é Cezar, mas sou mais conhecido como Malu ou Tente. Sou de Santo André – SP e em 2005 cheguei a Bauru para cursar Arquitetura.
Viajar cerca de 400km para encontrar pessoas que eu nunca tinha visto e fazer um curso que eu não sabia se era realmente o que eu queria, definitivamente não foram os meus melhores incentivadores nos primeiros meses.
Aos poucos fui me acostumando e conhecendo novas pessoas a cada dia de festa. Pois é, naquela época era difícil achar um dia que não tivesse uma... pelo menos nas 3 primeiras semanas de “aula”. Além disso, todas eram de rep. e todas eram de encher, literalmente, a rua. Saudade!
O estalo definitivo que me fez perceber o que me aguardaria pelos próximos 5 anos veio justamente de uma festa. A tão falada festa de Integração dos bixos da Atlética me chamou a atenção. Naquele ano ela foi realizada na república Oca do Cão e levou cerca de 2000 pessoas para a frente da rep. Já bastava! Eis que lá pelas 2 ou 3 da manhã a Naumteria pediu passagem e começou a tocar no meio da rua.
Deste momento, duas imagens ficaram gravadas: a primeira foi uma senhora que saiu na varanda da casa vizinha e começou a sambar, e a segunda foi a rua inteira abaixando ao som de “loooko”.
Achei aquilo tudo animal e, mesmo sem saber tocar nada, logo quis entrar para a Naumteria. Em abril daquele ano (2005) apareci em um ensaio para ver no que dava e, a partir dali, não larguei mais. Ensaios, ensaios, ensaios. As terças e quintas eram sagradas. Não preciso de mais do que duas mãos, cheias de bolhas, para contar as vezes que faltei. Ali encontrei irmãos... e formei uma família.
De fora, muitos acreditam que a Naumteria é uma “panela”. Na verdade, é apenas um grupo de amigos que se encontra praticamente todo o dia e tem um convívio intenso. Rimos juntos, discutimos, choramos juntos, trocamos experiências, saímos e bebemos juntos. Recomendo para aqueles que têm vontade. Estou certo que os receberão de braços abertos.
Dediquei-me nos ensaios para conseguir tocar nas festas e no Interunesp, e fui recompensado. O inter era em Ilha Solteira e eu já estava quase desistindo porque quase ninguém da minha sala ia, e eu ainda não tinha criado um vínculo muito forte com a galera da bateria. Mesmo assim, decidi ir sozinho. Nessa altura já não tinha mais busão nem aloja pra comprar, então arranjei uma carona, fui na raça e fiquei “hospedado” na praça da cidade. A experiência de dormir apenas 4 horas em 4 dias, sob um sol de 40ºC não foi tão boa, mas naquela época eu ainda agüentava...hahaha.
Assim como em 2005, continuei fiel aos ensaios em 2006 e 2007, e no final desse ano comecei a pegar algumas “responsas” da Naumteria para resolver.
Abrindo um parêntese, para quem não sabe, a Atlética considera a bateria como uma modalidade e investe anualmente na compra dos materiais necessários. Desta forma, tínhamos que prestar contas daquilo que fazíamos ou gastávamos, porém, devido a uma antiga discussão, não éramos vistos com bons olhos por eles.
Com isso, comecei a freqüentar as reuniões da Atlética para prestar estas contas, e modificar esta situação ao tentar fazer com que nos ouvissem e nos entendessem.
Também foi em 2007 que comecei a cantar algumas músicas com a Naumteria nas festas em que tocávamos. Ver aquelas 2000 ou 3000 pessoas de cima, cantando as nossas músicas, era de arrepiar e não consegui largar isso até o final da faculdade.
Em 2008, já encabeçando a Naumteria, fui aumentando a amizade com os diretores da gestão da Atlética vigente, o que ajudou e muito na relação deles com a gente.
Neste mesmo ano, aproveitando a boa fase que estávamos vivendo, decidi dar vida a Torcida Febre Amarela, um projeto que já vinha martelando minha cabeça desde o ano anterior (contarei melhor esta história num próximo post).
A luta para que desse certo foi grande. Sofremos com a desconfiança e o descaso, até eu conseguir colocar na cabeça de alguns a importância de um torcida e aquilo que eu pensava a respeito de tudo isso.
Para mim, Atlética, Naumteria, Febre Amarela e Texuguetes eram, na verdade, uma coisa só - chamada Unesp Bauru - cujo objetivo final era o mesmo, já que, resumidamente, a Atlética proporciona os treinos durante todo o ano com a finalidade de levar equipes competitivas para vencer o Interunesp, principal competição que participamos, e enquanto rolam os jogos, a Naumteria toca para animar a Torcida (Febre + Texuguetes) que, desta forma, incentivam os atletas que treinaram durante o ano. É um ciclo!
Conseguindo este apoio por parte da Atlética, fomos para o Interunesp de Rio Claro para fazer bonito nas arquibancadas. E fizemos! Agradeço a todos da gestão 2008 - “Vandemir F. Oliveira” – pelo voto de confiança que nos foi dado.
Vale lembrar que a Febre Amarela é composta por todos os alunos do campus que pisam na arquibancada para apoiar um de nossos times. Todos vocês fazem parte da torcida e são essenciais.
Nesse meio tempo, nunca deixei de pesquisar sobre torcidas organizadas, e virava dias e noites assistindo vídeos para sempre tentar trazer algo novo para Bauru. Cheguei a escrever alguns gritos e músicas, como a “Meu coração acelera”.
Em 2009, além de “tocar” a Febre, comparecer nas reuniões da Atlética e ajudá-los quando necessário, continuei na mesma levada com a Naumteria, Foi o ano em que tudo se ajustou. A tão sonhada relação perfeita entre todos aconteceu, e culminou no bicampeonato da Naumteria e no heptacampeonato de Bauru, além de mais um show da Febre, que levou as arquibancadas de Assis abaixo.
Em 25 de Junho desse mesmo ano criei este blog na tentativa de aproximar a torcida dos demais alunos do campus, e fazer com que todos se identificassem com este projeto. Além, é claro, de deixá-los inteirados a respeito de tudo o que estava rolando. Hoje, fico feliz com os quase 35000 acessos desde então.
Costumo dizer que me formei em bateria e torcida. Ao final destes 5 anos, vejo que não me dediquei 100% ao meu curso, mas que não faria diferente hoje. A vivência que adquiri e as experiências pelas quais passei foram únicas e serviram para me abrir portas depois de formado.
Por isso, recomendo a todos que, de alguma maneira, se envolvam de forma ativa com a faculdade. Com maior ou menor intensidade, não importa. Tornem estes anos inesquecíveis, aproveitem e façam valer a pena.
Por fim, agradeço a todos os atletas que um dia vestiram nossas cores. Sem vocês não conseguiríamos. Agradeço e parabenizo a todos que já passaram pela Naumteria, pela Febre Amarela (em especial a Aninha e o Vitim), pela Atlética e pelas Texuguetes. Cada um de vocês contribuiu, de alguma forma, para construir esta história e ajudou para que nos autodenominássemos fodas.
Depois de quase 2 anos e meio de Atlética (mesmo sem ter sido efetivamente um diretor), 2 anos de Febre Amarela e 5 de Naumteria, posso dizer que levei e levo essa faculdade no peito. Meu coração é amarelo!
Se me sinto honrado por ter feito UNESP, tenho orgulho de ser Bauru!