O meu início como texugo começou no
meu primeiro ano. Foi na festa de integração da Atlética que vi a bateria
tocando pela primeira vez. Eu conhecia baterias de carnaval pela televisão e
por um grupo de pessoas da minha cidade que batem lata, mas nada comparado ao
que vi naquele dia. Confesso que o álcool ajudou um pouco (somente naquela
ocasião) a empolgação do momento, mas realmente estava certo de que queria
fazer parte daquele grupo. Foi à alegria de vê-los tocando que chamou minha
atenção. Como a Naumteria havia se apresentado no mesmo dia, na cantina, no
projeto perspectiva, eles anunciaram que iniciariam os ensaios na próxima
semana, foi onde sem saber com quem falar e o que fazer fui la dar a cara a
tapa e tentar aprender alguma coisa! Ahahaha
Quanto à graduação, a bateria foi essencial para desenvolver
meu lado social, fiz grandes amigos que levo hoje e para sempre comigo. Hoje
considero, também, o fator de lidar com várias pessoas, de vários pensamentos,
e é muito importante ouvir! Sempre tive muita vergonha de conversar com pessoas
que não conheço, mas a família que sem querer comecei a fazer parte me ajudou e
hoje falo até demais! Ahahahaha
Valeu Kirvis por me levar na tcheca pela 1ª vez! J
O começo foi tranqüilo, entrei no
surdo, um instrumento que exige mais físico do que, de certa forma,
coordenação. Eu já tinha noção do instrumento por ter tocado em um grupo de
carnaval da minha cidade, mas confesso que a Naumteria é bem diferente do que
eu já tinha visto. Sempre ouvi samba, isso facilitou um pouco as coisas também.
As quatro horas de ensaio semanais não pesaram nem um pouco,
considerando que eu precisava perder meus almoços. Isso talvez tenha ajudado a
desenvolver uma gastrite, mas deixa pra lá! Ahaha.
Era realmente sensacional estar lá, meus amigos estavam lá,
ia para me divertir, saber das festas ou vê-los depois das festas, com a mesma
roupa de um ou dois dias atrás e com cara de derrota. Era realmente hilário!
Óculos escuros faziam parte do uniforme da bateria! ahahaha
Uma coisa que no começo me preocupou de verdade era minha
mão, hoje em dia não ligo tanto, pois sempre tirava um bife dela! Talvez se eu
juntasse todos eles que se foram, teria um par de mãos novas para caso um dia
eu precisasse...
A Naumteria é uma família! Assim que
eu defino o pessoal que sempre me acompanhou na bateria. Nos ensaios,
combinávamos onde seria o esquenta da vez e todos compareciam, bêbados ou não,
para irmos juntos às festas, das quais ainda ficávamos juntos lá dentro. A
bateria sempre era contratada para tocar em formaturas ou casamentos e dos que
participei, ajudaram mais ainda a integrar com o pessoal. Lembro bem de todos,
dos fatos engraçados e tristes, que contribuíram ainda mais para unir nossa
família.
Para quem está no primeiro ano, que não conhece nada, veio
do interior, dizer que o interunesp é muito bom e que Bauru é foda, não fazia
parte do meu vocabulário! Comecei a construir um sentimento e entender tudo
aquilo, no desafio que Bauru fez, no primeiro semestre, contra Botucatu, em
2008. Na ocasião, além dos jogos teve uma “disputa” entre as baterias e foi bem
bacana! Sou competitivo, então minha rivalidade com os outros campus teve
início ai! ahahaha
O amor foi uma associação de vários fatores: amigos,
bateria, namorada e todo um campus gritando “Vamo ganhar bauru!”. Sensacional!
Encontrei o meu lugar!
O melhor inter pra mim foi o de
2009. Passado a vida dura de bixo (a que mais sinto falta) foi mais tranqüilo
aproveitar o inter, já sabia o que curtir e para fechar tudo isso, Bauru foi
campeão. Houve jogos inesquecíveis e uma apresentação fantástica da bateria, da
qual participei e fomos campeão.
Na verdade, o Interunesp pra mim é sempre muito bom, não tem
como definir o melhor. Sempre algum ponto acaba sendo melhor que o do outro.
Então, em termos de festa, considero o de Rio Claro (2008) o melhor, pelos
shows, não choveu tanto quanto o de 2010/2011 e aproveitei pra caralho! Ahahaha
Sempre que penso no inter, lembro da torcida gritando: Vai
tomar no cú prudente, sou BAURU, o seu terror! E o open de cerveja Original,
claro! :D
Eu participei de
todos os desafios de bateria, exceto o de Franca 2007, por infelizmente ainda
não estar na faculdade. Gosto dos de 2008 e 2009 porque ganhamos, certo?! Mas
os perdidos não foram tão ruins assim, pois talvez para os jurados tivemos
falhas, mas para os outros campus, fomos melhores e isso é gratificante.
O que realmente importa no desafio,
a meu ver, é o envolvimento do grupo antes da apresentação, o ficar até de
madrugada ensaiando mesmo com prova horas depois, faz você ver se o grupo é
realmente merecedor daquele prêmio ou não. Sempre tentei trabalhar o mais duro
possível e fazer Bauru vencer qualquer competição.
Outro ponto importante dos desafios
foram as evoluções das baterias, que hoje considero bem mais estruturadas com
bons ritmos e sons diferentes do samba básico. Mas sinto dizer que bateria não
é feita só de showzinho e o samba de verdade está conosco, BAURU É FODA!